Há uma coisa que eu e a minha namorada estamos sempre a fazer. Às vezes fazemos no sofá ou na cozinha. Normalmente é mesmo na cama. Fazemos de manha e à tarde, mas quase todas as noites. E normalmente nunca nos contentamos em acabar uma vez, precisamos de pelo menos duas ou três.
Naturalmente, estou a falar de resolver puzzles no Picross e4.
Esta é provavelmente uma das análises mais difíceis que já tive que escrever. Não há quase nada a dizer acerca de Picross – é o que se vê, uma mistura entre Sudoku e Minesweeper, onde temos que usar raciocínio matemático e de relação espacial para descobrir quais os quadrados de um quadro de tamanho variável é que temos que preencher para revelar a imagem escondida.
E pronto, é isto. Não há história, os gráficos são rudimentares, a música é só uma – e aqui a minha opinião diverge da da minha namorada.
Ela acha-a insuportável passados uns minutos. Já eu, para mim o ritmo de música de elevador ajuda-me a chegar ao transe quase meditativo que me permite ver para além dos números e encontrar a solução dentro do tempo limite que me dá acesso à imagem a cores em vez de preto e branco. Dou por mim, para grande frustração dela, a trautear em conjunto com os beeps e bops da consola.
Também não há grandes variantes da mecânica. Há um par de modos diferentes mas que no fundo não são assim tão diferentes. Nem é possível perder, apenas terminar com um tempo mau. E no entanto, não acabar com um tempo que permita ter acesso à imagem a cores sabe tanto a bofetada de luva branca que nem por uma única vez consegui deixar de recomeçar como se tivesse perdido.
Fora esse momentos, é uma experiência muito relaxante, com os benefícios inerentes a qualquer tipo de ginástica mental. Sobretudo, é um dos raros casos em que consigo partilhar a minha paixão pelos video jogos com a minha cara-metade, pois é um daqueles jogos que não ofende com violência nem ofusca com mecânicas que exigem anos de experiência prévia.
Descobri também, jogando-o paralelamente com Watch_Dogs e depois com Dark Souls 2, que é um excelente sorvete entre sessões de jogo mais intensas e desgastantes. Um puzzle de Picross depois de umas horas de Dark Souls 2 ajuda a refrescar e abre o apetite para mais uma noite de carnificina.
Portanto, é isso que Picross é. É um quebra-cabeças que consegue ser desafiante sem se tornar punitivo, e cujas alegrias podem ser facilmente partilhadas com os não-jogadores nas vossas vidas. No final de contas, uma experiências extremamente agradável.
Pontos Positivos:
- Mecânica de Jogo
-
Acessibilidade
Pontos Negativos:
- Música (segundo a Mara)
-
Permite apenas um perfil (jogadores múltiplos terão que partilhar o progresso no jogo)
Picross e4 está disponível na Nintendo eShop da 3DS. Foi disponibilizado ao autor um código de download para efectuar a análise.
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